O lado músico, esse já existia. O lado escritor não. Nem o compositor. Na dor, surgiu o escritor. Mas não era uma escrita qualquer, era a escrita de uma vida, logo, uma história bonita. O lado compositor só teve o trabalho de trazer a melodia, a harmonia, a alma. Mas ela cresceu, se tornou mais forte que eu. Me enfrentou de uma forma que recuei. Precisava de alguém ímpar, alguém de coragem. Recorri ao meu mestre, Percy. Ficou fácil. Seus dedos dominaram as cordas, os ouvidos minuciosos cuidaram de cada compasso. Eu só precisei fechar os olhos, respirar e contar uma história. Um menino foi escolhido a dedo para transformá-la em um filme. Era mais que um videoclipe. Ele foi impecável, sensível. Entendeu que a história era grande. Seu olhar viajou sem sair do lugar, ele enxergou além das palavras. Em uma tarde, compreendeu a minha vida e quem eu sou. Lucas Lamela não criou um clipe, ele contou a minha história. A vocês, Percy e Lucas, minha eterna gratidão. E para todos, encantem-se com o videoclipe de All the dads in the world, versão musical do livro Todos os pais do mundo.
